sábado, 10 de julho de 2010

40º Sinal | Lemas






Dentro de todos os lemas que podem existir, o toma "o que necessitas e deixa o que possas" penso que se adequa ao que vou fazendo por aqui, absorvendo da experiência e dos outros o que necessito e dar-me ao máximo no que posso, sobretudo com os outros, deixando marcas.
O dia começou com alvorada às três da matina, os quase 40 km até Leon assim o exigiram, porque o calor anda infernal por aqui. Quatro e dez começámos a marcha. Esta fase da meseta é sem dúvida feia e desinteressante, com caminhos sem sombra e a acompanhar a estrada nacional. O bom é que é plano. Após uma fase inicial, dezanove km depois encontrei a salvadora da minha máquina e a avó Rita no café onde parei para desayunar. Foi uma festa, a contrabalançar com o sentir-me mal pelo separar do grupo. Às onze e meia chegámos ao albergue e a sensação foi estranha, porque as caras conhecidas eram quase nenhumas. Foi como entrar num mundo à parte, a alegria foi ter encontrado os três mosqueteiros franceses. Até à hora da siesta, passei mal, muito cansado e dorido. E com o calor a moer ainda pior. Melhorei após a sesta, e seguimos a visitar Leon, ruas e catedral. Ao longo do dia conheci um brasileiro e um japonês. O ambiente esta estranho, falta qualquer coisa. Creio que a partir daqui vai ser massificado, esté aqui muita gente. Amanhã vinte e quatro km, a ver se dá para descontrair. Esquisitices à parte a vida é bela de mochila às costas.