O dia para mim chega ao fim. Foi bonito pela paisagem e pela cidade, intenso por fazer e partir sozinho para uma etapa onde finalmente pude estar comigo mesmo o que me deu para um ataque de choro no lusco fusco do nascer do sol. Estava a ouvir a musica que coloquei num dos posts anteriores quando me bateu fundo estar a concretizar um sonho, mas que foi muito sofrido para chegar aqui ao longo de quase um ano. Só pensava que raio de vida foi vivida e me conduziu até aqui, era preciso passar por tudo isso? Como sempre ou quase sempre, se calhar era. Um sonho... em vias de concretizar mas que falta ainda tanto. Ponho-me a projectar os dias futuros e perco a noção do que falta... Dia após dia e ponto final. O calor começou a dar sinais de abrasador no pior sentido da palavra, amanhã estou em marcha a partir das seis, queria cinco mas um português que concluiu o caminho de ida e volta aqui, disse que não valia a pena. Espero que esteja correcto.
Pamplona é cidade a voltar. Grande movimento nas ruas multicoloridas, catedral de respeito e uma praça de toiros que pouco mais deu para ver do que as portas. Tenho continuado a conhecer gente entendida como tal... Sempre a acrescentar nacionalidades... Lição de hoje, tanto no caminho como na vida temos de estar preparados para tudo. Ps: hoje fui nomeado cozinheiro, fazendo o almoço e jantar do clã espanhol com quem tanto tenho compartilhado o meu tempo. E bebi o primeiro vinho da rioja do caminho com o português Mário de Espinho, o tal que terminou aqui. O vinho não é mau...
Como diz um amigo meu, e tudo começou à mesa com pão e vinho.
Mais havia a dizer mas vai ter de ficar para depois do regresso, uma vez regressado a casa poderei fazer uma versão mais detalhada de tudo. Assim espero que este pouquinho vá servindo para dar uma pequena noção do que é isto tudo. Apesar de não ter aprofundado nada até agora, acreditem... Isto é mais que andar de um sitio para o outro ... Toda a vivência interior todos os "questionamentos" nos fazem mexer, despertar o que estava adormecido, inquietar o que não se sabe, e gerir o imprevisto de cada passo. A vida é bela (e dura) de mochila às costas.