quarta-feira, 30 de junho de 2010

28º Sinal | A unificação do caminho

Hoje tive oportunidade de ir dar um salto muito rápido ao blog, e é bom sentir que vou conseguindo fazer chegar de alguma forma o modo que eu vou absorvendo as coisas deste caminho. Diz o meu irmão e bem, que não é um caminho alternativo, é o meu caminho, é a minha história de vida. E caminho, cada um tem o seu. Hoje estou em Najera, é dia de S. Pedro e de festa popular impressionante. Junto a uma zona verde do rio que atravessa a povoação, crianças a idosos se juntam para fazer churrascos e beber vinho da rioja, que fresco muito fresco não é mau afinal. As crianças e jovens fazem guerras de água com pistolas e garrafas de água e vinho se for o caso, dentro e fora do rio. Em pouco tempo, infância e juventude esta toda encharcada. No vídeo apesar da má qualidade de imagem podem apreciar a alegria do povo que dança à frente e atrás de uma fanfarra. O espírito é extasiante. Deu-me vontade de vir cá para o ano. Mas a minha amiga basca Haizea contou que numa terra chamada Aro hoje logo pela manhã há uma batalha de vinho. E depois a festa segue com o ritmo daqui. Pois meus amigos temos de vir celebrar aqui. Hoje naquele que é o meu caminho mais uma vez fui o cozinheiro para nove, fiz um panelão de arroz de frango que não sobrou, do muy rico há quem já deseje que eu continue mal do pé para ser o cozinheiro de serviço à abertura do restaurante de tortilhas... Querem-me destinar à cozinha. Hoje entre conversas com o Dantas, brasileiro que nos tem acompanhado, estivemos a partilhar histórias de vida e foi estranho no bom sentido ter encontrado uma pessoa com uma história de vida em alguns campos com tantas semelhanças à minha. Foi estranho mas bom, sinais de esperança para um bom sentido de vida. Na vida, no mundo, nada é original tudo se repete apenas os intervenientes mudam, mas dai surge a unicidade da vida de cada um e dos seus. Ao fim ao cabo da falta de originalidade no sentido global, surge o especial e único do que cada um somos a vivemos.
A vida é bela de mochila às costas com paragem em lugares diferentes, com histórias diferentes para contar. Por vezes penso que poderia escrever mais sobre os locais, mas mais que os locais e as paisagens bonitas, o caminho são as pessoas que passam, partilham e cohabitam nele. Deixo os pormenores históricos para o conselheiro Acácio. Entretanto a vida segue... Amanhã sigo até Santo Domingo da Calçada.



1 comentário:

Rita disse...

Espectacular! Que inveja oh Bernardo!! Beijos grandes